Existem muitas teorias acerca da Doença de Alzheimer. Isso se deve ao fato de que a evolução dos sintomas pode apresentar variações de intensidade e de duração de cada fase.
Mas o fato é que a Doença de Alzheimer se caracteriza pela piora progressiva dos sintomas. O estágio inicial raramente é percebido. Parentes e amigos (e, às vezes, até os profissionais) veem isso como “velhice”, apenas uma fase normal do processo do envelhecimento. Como o começo da doença é gradual, é difícil ter certeza exatamente de quando de fato começa.
*Lembrando que essa divisão tem caráter didático e, muitas vezes, os sintomas classificados em diferentes fases se mesclam em um mesmo período.
Quando classificada por fases, a Doença de Alzheimer pode ser dividida em fase leve, moderada e grave, tendo os seguintes sintomas mais observados em cada uma delas:
Fase leve: a pessoa ainda consegue realizar atividades cotidianas, como fazer sua higiene e alimentação. Mas em funções mais complexas, como finanças, uma dificuldade maior já começa a ser notada. Ela pode apresentar:
- Perda de memória recente
- Dificuldade para encontrar as palavras certas
- Desorientação no tempo e espaço
- Dificuldade para tomar decisões simples
- Perda de iniciativa ou motivação para tarefas do dia a dia
- Sinais de depressão
Fase moderada: é uma fase em que os sintomas chamam mais a atenção e costumam ser vistos como um “alerta” aos familiares. Normalmente observa-se que a pessoa apresenta:
- Dificuldades mais evidentes nas tarefas diárias
- Prejuízo mais forte da memória, com esquecimento de fatos importantes
- Incapacidade de cozinhar, cuidar da casa, realizar compras sozinha
- Necessidade de ajuda para higiene pessoal
- Maior dificuldade para se expressar com clareza
- Repetição dos mesmo atos, como dobrar várias vezes a mesma peça de roupa
- Alterações comportamentais: inquietação, agressividade, irritabilidade
- Possíveis alucinações: ouvir vozes, ver pessoas ou animais que não existem, perceber água ou insetos pelo corpo
Fase grave: é quando a pessoa precisa, obrigatoriamente, de acompanhamento 100% do tempo, apresentando:
- Prejuízo muito grave da memória, sendo incapaz de registrar atividades recém realizadas
- Incapacidade de reconhecimento de amigos e familiares
- Dificuldade de deglutição, precisando de auxílio as refeições
- Provável incontinência urinária e/ou fecal, muitas vezes acompanhada de comportamentos bizarros (espalhar fezes, tirar a fralda e colocar embaixo do colchão ou dentro do guarda roupa)
- Tendência de prejuízo motor, interferindo na locomoção
De tudo que se fala sobre a Doença de Alzheimer, o mais certo é que os sintomas iniciais são frequentemente confundidos com o processo de envelhecimento normal. Essa confusão tende a adiar a busca por orientação profissional e a doença é diagnosticada tardiamente.
Fique de olho em seu familiar. Preste atenção a qualquer alteração que se assemelhe com sintomas iniciais e procure profissionais especializados para diagnóstico precoce. Um tratamento adequado já no estágio inicial pode favorecer, e muito, a evolução e o prognóstico do quadro.
O Lar Cristo Redentor tem ampla experiência no acolhimento de portadores da Doença de Alzheimer, independente da fase em que se encontre. A aceitação e o correto acompanhamento auxilia muito, o portador e a família, no convívio com o Alzheimer.
