Residencial Geriátrico Cristo Redentor - Lar para Senhoras
Os analgésicos e a constipação

Blog Lar Cristo Redentor

Os analgésicos e a constipação

A Comissão de Dor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, aponta que de 20% a 50% dos idosos possuem algum tipo de síndrome dolorosa, como problemas osteoarticulares e musculoesqueléticas.

Veja algumas doenças que estão associadas às dores nas pessoas idosas

Osteoporose:

É a perda acelerada de massa óssea e que pode acarretar fraturas, podendo levar a quadro de intensa dor.

Neuropatia diabética:

Uma condição associada às pessoas que têm diabetes e pode causar queimação e formigamento nos pés e mãos.

Lombalgia:

A dor na região lombar que costuma acontecer pelo “mau uso” da coluna durante a vida, com o passar dos anos fica mais intensa.

Artrite:

É a inflamação das articulações e costuma estar presente em pessoas com mais de 65 anos, causando dor, rigidez e inchaço nas articulações.

E quando essas dores chegam, o uso abusivo de analgésicos pode ocorrer com facilidade. Os efeitos colaterais disso podem ser os mais variados: gastrite, hepatite, hipertensão, e inclusive AUMENTO DA DOR! Uma dor de cabeça eventual pode virar uma dor de cabeça crônica, se os analgésicos forem usados indevidamente.

Na pessoa idosa os riscos oferecidos pelo consumo excessivo de analgésico ainda vão além, e é muito comum terem quadros crônicos de constipação com difícil tratamento! A constipação intestinal é um sintoma complexo, cercado de mitos, inverdades, vergonha, ansiedade e medo. Ela é caracterizada por fezes endurecidas, dificuldade de evacuação, grande desconforto abdominal. Além disso, a pessoa sente angústia na hora das refeições, e pode iniciar quadros de anemia, fraqueza, isolamento, depressão.

Quadros mais crônicos de constipação podem ter diversas condutas de tratamento, sendo algumas

Tratamento não medicamentosos:

Direcionadas à educação e ao controle dos hábitos alimentares (consumo de líquidos e fibras); terapias físicas e orientações sobre exercícios; promoção de conforto e privacidade da pessoa durante a evacuação, especialmente quando restritas ao leito; terapias cognitivas e psicocomportamentais

Medidas dietéticas:

A intervenção nutricional adequada contribui para minimizar os sintomas em muitos casos de constipação intestinal, por vezes reduzindo a necessidade do uso de métodos invasivos e desconfortáveis

Ingestão de líquidos:

O aumento do consumo de líquidos é fundamental para a prevenção e tratamento da constipação. A baixa ingestão hídrica ou perda excessiva de líquidos por vômitos e outras causas podem afetar a produção e eliminação de secreções na luz intestinal, resultando no endurecimento das fezes. A ingestão de líquidos hidrata e amolece o bolo fecal, levando à redução do seu peso e facilitando o trânsito intestinal e a expulsão das fezes.

Tratamento medicamentoso:

Em geral o tratamento é necessário e deverá ser baseado nos mecanismos mais provavelmente envolvidos na constipação intestinal

Muitos são os fatores que levam ao aumento do uso de analgésicos. E muitos são os fatores que levam a quadros crônicos de constipação. É muito importante ter clareza nas informações repassadas ao médico e não ter vergonha de falar sobre esses assuntos! Relatar todos os analgésicos utilizados e todos os sintomas intestinais são fundamentais para o real entendimento da situação e melhor indicação de condutas!

Aqui no Lar Cristo Redentor estamos sempre atentas aos sinais e sintomas de possíveis quadros de constipação. Temos anotações diárias sobre as eliminações intestinais das residentes, observando frequência, volume, aspecto. Junto a isso, o uso de analgésicos e bastante cauteloso, sempre referindo ao médico. Cuidado e conforto estão sempre em foco!

Compartilhe!
Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Telegram
WhatsApp